Este era o meu pai, em 1940. Pela data do documento onde a foto foi colada (um Bilhete de Identidade da época), ele teria no máximo 22 anos de idade. Cresceu e envelheceu. Em 1996 tinha já 79 anos, quando partiu. Sem uma despedida sequer, porque foi vítima de um acidente. Durante dois dias resistiu entregue aos cuidados intensivos de um hospital e, depois,... desligaram-lhe a máquina. Estava previsto que pudesse acontecer às 6 da tarde, se até lá não houvesse sinais vitais autónomos. Sabíamos que provavelmente não haveria. E não houve...Passaram-se 15 anos. 15, um número demasiado "redondo" para não o assinalar! Até porque este "rapaz" merece que o seu filho o recorde mais uma vez. Com admiração, com orgulho, com saudade e nada mais. Não com lágrimas, nem amarguras. Tudo isso já houve, porque teve de haver e não para mostrar ao mundo.
Recordar é porque a imensidão do que ficou, o que nos resta, é sempre infinitamente pouco!
4 comentários:
Bela homenagem ao teu Pai. E que bem fica a foto aí, Luís!
pinguim: Já tinha falado ao Paulo nesta foto. Ou, melhor, no BI com a foto... E andava a guardar a sua divulgação para o ano do seu centenário (2017) mas os 15 anos da partida e o não saber o que farei daqui a seis anos levou-me a mostrá-la agora. Eu acho que ele era um belo rapaz e entusiasma-me vê-lo dessa maneira, já que a fotografia em 1940 ainda não era tão vulgar/frequente quanto hoje em dia. Obrigado pelos teus juízos. Muito obg! Abraço,
Cada coisa no seu sítio, e como bem dizes já houve lágrimas mas "não para mostrar ao mundo". Obrigado por partilhares este bocadinho tão pessoal.
um coelho: o meu pai merecia a homenagem e, como já se disse, a saudade é "um vazio que inflama no coração"... Obrigado pela tua apreciação!
Enviar um comentário