Onde já vão os anos 80. O tempo das roupas cinzentas, das camisas brancas, das gabardinas que se usavam todo o ano. Ou dos "urbano-depressivos" que estavam muito na moda, então. Era o tempo de arranque de muita coisa, alguma que nos tocou e outra que preferimos (ou poderíamos) evitar. Os meus amigos ouviam Joy Division. Eu preferia ainda o Bowie e os Echo, os Smiths, Durutti, Jesus, Bauhaus ou Pistols. Mas o tempo deu-lhes razão e "a" Joy Division (como gostavam de dizer os mais puristas) foi o que foi, tornou-se "na" New Order que veio a ser o que veio e que nunca passou de moda. Anton Corbijn, fotógrafo de nome, decidiu lembrar-nos Ian Curtis e tudo isso no filme «Control», sem dúvida um dos marcos cinematográficos de 2007. Agora «She's Lost Control» faz ainda mais sentido, pelo menos para mim:Confusion in her eyes that says it all
She's lost control
And she's clinging to the nearest passer-by
She's lost control
And she gave away the secrets of her past and said
I've lost control again
And heard the voice that told her when and where to act
She said I've lost control again
And she turned around and took me by the hand and said
I've lost control again
How I'll never know just why or understand she said
I've lost control again
And she screamed out, kicking on her side and said
I've lost control again
And seized up on the floor, I thought she'd died She said
I've lost control
She's lost control again, she's lost control.
Well I had to phone her friend to state her case and say
She's lost control again
And she showed up all the errors and mistakes and said
I've lost control again
And she expressed herself in many different ways until
She's lost control again
And walked upon the edge of no escape and laughed
I've lost control
She's lost control again, she's lost control.
5 comentários:
Se há coisa que me traz sempre boas recordações é a música. Também ouvia todas essas bandas, não gostava muito dos Smiths nem dos New Order mas idolatrava os Echo e os Joy Division. Ainda assim os meus gostos iam mais para o heavy metal. Como sempre ouvi todos os tipos de música convivia bem com todas as tendências.
Estou como tu, depois de ver o "Control", comecei a entender melhor algumas das músicas dos Joy.
Um abraço musical.
Olá Special, desculpa-me o atraso. Sabes, dos New Order eu tinha desconfiança porque vinham dum estilo dark para as pistas de dança. Gostei muito do seu primeiro álbum, bem mais até do que o que estava para trás. Depois absorvi, porque a coisa de tão boa e banal só podia ser assimilada. Mas o Gonçalo nem tanto, sempre comentava irritado cada vez que ouvia New Order. Os Smiths foi uma paixão. Eu até gostava daquela coisa neo-hippie, das flores, do gosto do Moz pelo Wilde e pelo Dean (mais tarde), mas sobretudo das letras e das capas. Não gostei da primeira vez que ouvi, lembro-me bem, e só entrei pelo "Hatful of Hollow". O Echo, bolas, eram tudo desde que os descobri com o "Porcupine". Nessa altura também os Aztec Camera, os Felt, e muito os Sétima Legião... Mas estou pr'áqui a falar de quê? Vamos é olhar em frente, sem deixar de piscar o olho a estas coisas boas de... há 20 anos! Abraço grande, musical também,
É verdade que tenho algumas saudades desse tempo mas o que lá vai lá vai. A vida segue para a frente e agora também há muita música boa.
Um abraço
Grande grande som.
Prefiro contudo The passion of lovers (is for death).
Uma das minhas preferidas, de sempre.
Os Bauhaus foram uma grande banda, nos seus primeiros anos. Avancei com Dali's Car, Love and Rockets, Tones On Tail, Peter Murphy e Daniel Ash, já ambos a solo. Mas sempre procurei a novidade no seu tempo. "Parar é morrer" e - já que vamos morrer e vamos - porquê parar?
Abraços para ambos,
Enviar um comentário