2007/03/05

trilogia do nu: 1. rob monroe

Recentemente, andava eu nas minhas navegações de trabalho pela internet fora, quando me deparo com o meu querido Rob Monroe. Conheci o Rob há cerca de 25 anos atrás, num dia em que, depois de respirar fundo e me encher de coragem, me dirigi ao quiosque que existia na paragem de eléctrico ao pé da minha casa, peguei numa revista Playgirl e, com a cara vermelha como um tomate, estou certo, a entreguei no balcão para pagar. Depois terá seguido entre os meus cadernos de escola ou muito provavelmente, e a jogar pelo seguro, dentro da camisa, até casa e, passado o perigo de um encontro à entrada com os pais ou algum irmão que tudo descobrisse, até ao meu quarto. Nessa altura teria 13 anos e a excitação de ter nas mãos uma revista com homens nus, numa altura em que a consciência da minha homossexualidade era ainda nova e confusa, não pode ser comparada à de um rapaz heterossexual que nas suas mãos tem a primeira Playboy. Nesse dia, como noutros que pequenos acontecimentos marcaram, comecei a aceitar a minha diferença e — obrigado Rob — a desfrutá-la.

9 comentários:

Anónimo disse...

Eu já conhecia a tua história, mas não ainda o senhor Rob. E fico contente tanto por a partilhares em espaço aberto (até porque é muito interessante esta tua narrativa), como pela escolha que já nessa altura fizeste. Foi pena apenas que nós nos conhecessemos apenas uns anitos depois. Nem sabes o que perdeste... ;-) Muitos beijinhos para ti, que bem os mereces!

Anónimo disse...

Que gira a história e que lindo o comentário.
A Playgirl, que acho ainda se publica, foi, com outras,em que destaco a Honcho, responsável por muitos sonhos reprimidos de jovens adolescentes.

Gonçalo disse...

Nunca tive a Honcho, mas acho que era uma revista especificamente gay, não era? A Playgirl (que ainda existe) tinha a vantagem de ser mais 'mainstream' e ter uma presença habitual nos quiosques. Tanto quanto sei, apesar do seu alvo feminino, um terço dos leitores da revista é gay. E sim, para mim foi responsável por mais de um par de bons sonhos ;-)

Anónimo disse...

Sim,a Honcho era absolutamente gay, e daí os sonhos serem mais "húmidos"...

Anónimo disse...

Glu-glu!... :-P

Anónimo disse...

- História engraçada
- O senhor é pura e simplesmente delicioso

Gonçalo disse...

Gosto de trocar estas pequenas confissões,mas não é fácil encontrar quem partilhe. Obrigado pela tua visita, amaciador.

Anónimo disse...

Foste muito corajoso, para a época (o quiosque ao pé de casa...)
Talvez estas histórias só façam sentido para quem possa partilhar afinidades geracionais. Ainda me lembro de tb não encontrar pornografia gay, e em lx e ter de me contentar com títulos hetero.:-(

Luís disse...

Era assim em todo o lado!