O título do post remete para o filme de Mankiewicz, com a fabulosa Bette Davis, a actriz que teve a melhor frase alguma vez escrita num guião de cinema: "I'd like to kiss you, but I just washed my hair". Eu sou o tipo de homem que encaixa plenamente no estereótipo do homossexual com fascínio pelas divas fabulosas do mundo do espectáculo (todas as outras semelhanças são inexistentes, ou, na maior parte dos casos, pura coincidência). Liza Minnelli, Kate Bush, Nina Hagen, Diamanda Galàs, Marilyn Monroe, Bette Davis, Barbara, Edith Piaf, Madonna, Marlene Dietrich, Judy Garland — been there, done that. E agora Grace Jones, all over again (compreenderão que esta entrada tem que ser bilingue, claro). Conhecemo-la e adoramo-la dos tempos de «Slave to the Rhythm», das fantásticas sessões fotográficas de corte e colagem com Jean-Paul Goude, de «La Vie en Rose» e do anúncio para a Citroën; de acordeão a cantar "warm leatherette", "strange, i've seen that face before" ou "victor should have been a jazz musician"; ou como May Day, a vilã assassina que mata com borboletas envenenadas mas no fim dá a sua vida por Bond. Agora, quase 20 anos depois de «Bulletproof Heart», está de volta com «Hurricane», ao lado de nomes como Brian Eno e Tricky. A abrir as hostilidades surgiu o tema «Corporate Cannibal», num video extraordinário de Nick Hooker, que salta directamente para a lista dos melhores do ano (podem vê-lo temporariamente na coluna aqui ao lado). Tivémos a sorte de assistir a um concerto que deu há anos atrás no Cais 447, numa produção low budget, mas que deixava perceber porque razão a Grace é Grace Jones. Agora mal posso esperar pelo lançamento do novo CD e as renovadas investidas audio-visuais. She's not perfect, but she's perfect for me...[Foto de Chris Cunningham para a Dazed & Confused.]
7 comentários:
Corporate Cannibal was directed by Nick Hooker, not Chris Cunningham
Hi h1000, thank you for correcting me, the information has been updated. I read somewhere that Chris was the director and I wrongly assumed it was right since he'd done the Dazed & Confused photo shoot...
Tenho de ser muito sincero: eu conheço bem os albuns mais "pop" da Grace Jones: "Slave to the Rhythm" e "Inside Story"... porque o Herman José fartava-se de tocá-los nos programas de rádio...
Claro que conheço «La Vie en Rose» e o anúncio ESPECTACULAR da Citroën... e a MayDay do 007 que teve a única James Bond Theme #1 nos EUA com os Duran Duran... e as backing vocals que ela fez no álbum dos Arcadia... ;)
Mas sei que fico aquém do que é a Grace Jones...
Quando sairam as "The Compass Point Sessions" ainda tentei escutar, mas não pegou...
Vou tentar de novo... nunca se sabe ;)
PS: Pelo menos já tenho a versão original do "Slave to the Rhythm".
Olha, as "The Compass Point Sessions" não conheço eu... Vou investigar. Abraço.
She could be Eve, but no she's Grace!
Luv her!
Quando cá vier não posso perdê-la.
Aqui há uns tempos vi um video dela (de um concerto, não videoclip) no youtube e estava fabulosa mas fisicamente parecia a Tina Turner :-(
A idade não perdoa.
Rui: Eu com a Tina não posso (coitada!), mas a Grace é Grace e será sempre. Quando avimos ao vivo foi fabulosa, se bem que um crítico de tendências da época entendesse que não. Nojisse dele, não poderia ter sido outra coisa.
Meteste aí uma quantidade de divas todas no mesmo saco, mas uma delas joga numa liga completamente diferente, até porque é uma anti-diva: a Kate Bush, que para mim é "o" maior artista vivo.
http://www.youtube.com/watch?v=AJc64xncBt4
Composição, voz, parte da instrumentação, coreografia, realização, etc...: Kate Bush
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