O dinheiro contribui para a minha felicidade? Sem dúvida, ingenuidade nenhuma pode contrariar esta constatação. Portanto importam-me as questões do trabalho e do desemprego, das finanças, da economia, dos muitos ordenados mínimos e dos poucos máximos. E importa-me, nesta questão como noutras (digo-o sem pretensa virtude), que também os meus compatriotas sejam felizes — que tenham trabalho e que sejam justamente remunerados por ele. Também me importam os alunos, os professores e o sistema educativo. E, no meio disto tudo, que Portugal evolua e se torne num país melhor (ou ainda melhor) para viver. Se acredito que estes propósitos serão melhor servidos com Manuela Ferreira Leite à frente do Governo? Não. Nem por um segundo. Mas esse poderá bem ser o cenário que teremos no dia depois de 27 de Setembro, se as pessoas não pararem para pensar com cabeça fria na dispersão dos votos pelas pequenas alternativas com que pretendem (em muitos casos) vingar as suas frustrações em Sócrates. O voto de 27 de Setembro deve ser um voto útil — não faz sentido castigar Sócrates, se com isso se gera um mal maior. E eu quero poder casar, aí estaria outro e enorme contributo para a minha felicidade! É verdade que o PS (depois do chumbo das propostas de lei de Outubro passado) não me transmite confiança absoluta na mudança do código civil que permitiria às pessoas do mesmo sexo contrair o casamento. Mas Sócrates faz campanha pela igualdade no casamento, e isso dá-me esperança. E eu prefiro viver quatro anos de esperança do que quatro anos de certeza... de que nada acontecerá nesta matéria.
2009/09/02
sobre dinheiro, felicidade e esperança
O dinheiro contribui para a minha felicidade? Sem dúvida, ingenuidade nenhuma pode contrariar esta constatação. Portanto importam-me as questões do trabalho e do desemprego, das finanças, da economia, dos muitos ordenados mínimos e dos poucos máximos. E importa-me, nesta questão como noutras (digo-o sem pretensa virtude), que também os meus compatriotas sejam felizes — que tenham trabalho e que sejam justamente remunerados por ele. Também me importam os alunos, os professores e o sistema educativo. E, no meio disto tudo, que Portugal evolua e se torne num país melhor (ou ainda melhor) para viver. Se acredito que estes propósitos serão melhor servidos com Manuela Ferreira Leite à frente do Governo? Não. Nem por um segundo. Mas esse poderá bem ser o cenário que teremos no dia depois de 27 de Setembro, se as pessoas não pararem para pensar com cabeça fria na dispersão dos votos pelas pequenas alternativas com que pretendem (em muitos casos) vingar as suas frustrações em Sócrates. O voto de 27 de Setembro deve ser um voto útil — não faz sentido castigar Sócrates, se com isso se gera um mal maior. E eu quero poder casar, aí estaria outro e enorme contributo para a minha felicidade! É verdade que o PS (depois do chumbo das propostas de lei de Outubro passado) não me transmite confiança absoluta na mudança do código civil que permitiria às pessoas do mesmo sexo contrair o casamento. Mas Sócrates faz campanha pela igualdade no casamento, e isso dá-me esperança. E eu prefiro viver quatro anos de esperança do que quatro anos de certeza... de que nada acontecerá nesta matéria.
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3 comentários:
A minha concordância com o que aqui está escrito é total!!!
Abraço.
Também quero ter esperança de poder andar de anel dourado na mão e que tal facto não repugne os outros. Quero que alguém consiga abrir as malditas portas mentais desta gente. E esse alguém não será essa Doutora(zeca) que acha que o casamento tem apenas aquela finalidade. Buah! O meu casamento terá essa finalidade (de um modo ou de outro) mas a companhia e a valorização do amor vai para alem de tudo.
Abraço para ti também, pinguim, e um especial para o Déjan.
Olá Anita, obrigado pelo teu comentário — mas agora é preciso fazer campanha pelo voto a favor da igualdade no casamento civil.
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