A 2 de Novembro de 1975, há 30 anos, Pier Paolo Pasolini (na foto, à esquerda) morria em Roma, vítima de violento espancamento que permanece, hoje ainda, um mistério nebuloso.Estranha coincidência, nesta mesma data inicio o texto presente, recorrendo à figura de Pasolini para ilustrar o novo livro de um amigo, Appio Cláudio.
Appio estreou-se na escrita em 1992, tendo assinado poesia e prosa, histórica e ficcional. Às nossas mãos chegou, agora, «Tudo Poderia Ter Sido Diferente», que a Zaina Editores pôs já no mercado.
É um livro que relata o reencontro nas soalheiras férias por terras andaluzas de Ibraim de Sousa, residente em Portugal, com o seu irmão Salim e Fátima, companheira deste.
O tempo é de recordações, de relatos, de conjecturas e entre os dois irmãos e a rapariga desenvolver-se-ão considerações que nos falam dos países — Portugal e Espanha — e dos afectos.
O texto não vive na sombra de Pasolini mas, se assim o quisermos entender, este poderá ser um bom termo de comparação para um autor nosso que vive na sombra do sol do Ribatejo.
«Tudo Poderia Ter Sido Diferente» é um livro visionário, a merecer leitura atenta, que olha de frente para alguns aspectos importantes da nossa história contemporânea e nos faz crer que ainda vale a pena acreditar...
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