
Nada no horizonte tem
limites
vejo o que os olhos vêem:
vides, cavalo a galope,
céu azul...
No interior o chá esfria
na chaleira,
o frasco de compota aberto,
o disco esquecido no tapete,
frutos secos num prato
largo e branco,
uma mão abandonada na cadeira,
a saudade que fica
na polpa dos dedos.
limites
vejo o que os olhos vêem:
vides, cavalo a galope,
céu azul...
No interior o chá esfria
na chaleira,
o frasco de compota aberto,
o disco esquecido no tapete,
frutos secos num prato
largo e branco,
uma mão abandonada na cadeira,
a saudade que fica
na polpa dos dedos.
[Poema de António S. Ribeiro, nascido em 1956, que preencheu parte da página 204 da antologia literária «Sião», efectivada em 1987 pela editora Frenesi, sob organização de Al Berto, Paulo da Costa Domingos e Rui Baião. Vem, hoje, a propósito de uma viagem nostálgica à terra que viu nascer o meu pai e que o fez crescer e tornar Homem. Num sítio assim preservado...]
2 comentários:
Lá pelo Suajo????
Olá pinguim! Esqueci-me de sublinhar que o título da entrada - «Instantamatic» - corresponde, sem tirar nem pôr, ao título do poema (note-se que as célebres máquinas fotográficas da Kodak eram designadas Instamatic, ou Agfamatic na versão dessa outra marca, a Agfa).
Quanto à tua questão: não, não se trata do Soajo, nem da serra do mesmo nome. É mais para sul e para o interior, algures pelo Marão, profundo... Não te vou especificar a localidade pois já o teria feito, se o pretendesse. Fica só um pequeno esboço, que já é mais do que suficiente!
E agora vou dormir, que o dia foi longo e estou bastante cansado... Abraço,
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