De vez em quando reencontro-me com as mulheres da minha vida. As mulheres da minha vida, em canções e filmes, acompanharam-me as alegrias e as tristezas, mas sobretudo acompanharam e alimentaram os meus sonhos, desmedidos, de criança, de rapaz, de criança, de adolescente, de criança, de adulto... de criança. Quando me reencontro com as mulheres da minha vida, reencontro-me com os sonhos da minha vida — fragmentos só já, às vezes; outras apenas fantasmas. Por alguma estranha razão (o sofrimento talvez, vivido ou antecipado), as mulheres da minha vida são as mulheres da vida de muitos outros homens que com elas comungam. Por alguma outra razão, a maior parte desses homens amam outros homens... Quatro mulheres em quatro concertos, em particular, marcaram indelevelmente os meus sonhos de vida: Judy Garland, e depois Liza Minnelli no Carnegie Hall; Marlene Dietrich no New London Theatre e Barbara no recital Pantin. Estes quatro concertos registam a actuação de artistas maiores, em plena maturidade, em momentos irrepetíveis. O recital «À Pantin» de Barbara, que acabo de reouvir, revela uma cantora que já não depende da voz e, também por isso, com uma capacidade de interpretar e comover muito rara; um repertório de uma beleza intocável e um francês cantado com tal poesia que nos lembra porque é que esta língua educou o mundo. Citando Barbara, "On ne touche pas à Pantin!".
2006/01/27
barbara récital pantin 81
De vez em quando reencontro-me com as mulheres da minha vida. As mulheres da minha vida, em canções e filmes, acompanharam-me as alegrias e as tristezas, mas sobretudo acompanharam e alimentaram os meus sonhos, desmedidos, de criança, de rapaz, de criança, de adolescente, de criança, de adulto... de criança. Quando me reencontro com as mulheres da minha vida, reencontro-me com os sonhos da minha vida — fragmentos só já, às vezes; outras apenas fantasmas. Por alguma estranha razão (o sofrimento talvez, vivido ou antecipado), as mulheres da minha vida são as mulheres da vida de muitos outros homens que com elas comungam. Por alguma outra razão, a maior parte desses homens amam outros homens... Quatro mulheres em quatro concertos, em particular, marcaram indelevelmente os meus sonhos de vida: Judy Garland, e depois Liza Minnelli no Carnegie Hall; Marlene Dietrich no New London Theatre e Barbara no recital Pantin. Estes quatro concertos registam a actuação de artistas maiores, em plena maturidade, em momentos irrepetíveis. O recital «À Pantin» de Barbara, que acabo de reouvir, revela uma cantora que já não depende da voz e, também por isso, com uma capacidade de interpretar e comover muito rara; um repertório de uma beleza intocável e um francês cantado com tal poesia que nos lembra porque é que esta língua educou o mundo. Citando Barbara, "On ne touche pas à Pantin!".
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