A propósito da divulgação de instrumentos tradicionais, há um anedotário no site dirigido pelo espanhol Luis Angel Payno (não sei quem é, nem é importante para o caso, mas o link está no título), que conta uma história engraçada a propósito da bebida mais tradicional das Astúrias. Com a vénia pela usurpação, fica aqui a tradução que não dispensa a leitura do original:"Não é minha intenção fazer publicidade, mas afigura-se-me muito curioso algo que escutei em relação com o produto [a sidra El Gaitero] que há não muito completou os 100 anos de existência: dizem que quando se começou a engarrafar na localidade asturiana de Villaviciosa [vila do vício ou viciosa, devo traduzir também para que melhor se entenda o segundo sentido], os donos e dirigentes da empresa começaram à procura de um nome para a marca. Ocorreram-lhes muitos, mas no final decidiram-se pelo popular instrumentista tradicional. No entanto, parece que o nome teve a oposição do clero local e das classes 'de bem' defensoras da moral da época, já que as figuras do gaiteiro e da gaita tinham fama de imorais ao estarem relacionadas com os ambientes de festa popular e de algaraviada desenfreada, com ambientes de taberna e de classes baixas. No final foi aceite porque ao fim e ao cabo a sidra também vai por aí."
A sidra, feita a partir da fermentação da maçã, é hoje tida como uma bebida com benefícios para a saúde e para a diversão também. No que respeita à primeira, diz-se ser diurética, antidiarreica, laxante, anticatarral e digestiva; que previne os enfartes e outras doenças cardíacas; que também é anticancerígena e cicatrizante; e que é rica em antioxidantes, cálcio e potássio, regularizando a circulação do sangue. Apenas tem cerca de 5,5% de álcool e quando bebida com os amigos pode ser pretexto para uma alegria desenfreada. Desde que haja vontade e se queira ter um pretexto...
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