Markus Rothkovitz, mais tarde Mark Rothko, (1903-1970) nasceu russo e morreu norte-americano. Estudou em Yale (1921-1923), começando a sua carreira como pintor na Nova Iorque de 1925. Cresce à sombra de influências surrealistas e de pintores como Barnett Newman e Adolph Gottlieb, mas a partir de 1947 o seu estilo procura uma outra luz e dela desabrocha um artista com uma nova abordagem plástica, onde manchas de cor sobre telas de grande dimensões provocam no observador sensações emotivas diversas — quentes, frias, alegres, tristes, intensas, serenas... Esta abordagem estabelece-se como padrão com a passagem dos anos. O lado físico e real que se apresenta sobre a matéria da tela confunde-se cada vez mais com o místico, com o espiritual, com o inatingível. Rothko não era um homem de grandes convicções religiosas. Era um intelectual, um pensador, talvez mesmo um anarquista que se deixou ir ao suicídio. Os seus imensos quadros mostram a sua alma, os seus sentimentos, os seus ditos sem palavras. Como em «Black On Grey», pintura de 1969/70 com 203,8x175,6 cm. Nela sentimos a cor da alma quando a ausência eterna de alguém nos preenche os momentos. Com eterna saudade, dedico esta memória ao meu pai (que perdi há 11 anos) e à minha mãe (que perdi há 6 meses). A memória e a emoção perdurarão pela vida.Importado do blogue l'avion rose
2 comentários:
Bonjour Louis!
Obrigado pelas tuas mensagens enquanto eu atravessava mais um deserto... Desta vez, não foi longa a travessia... Espero estar de volta ao ritmo de há alguns meses.
Abraço!
Ric: Cá te espero (esperamos). Abc,
Enviar um comentário