2006/10/06

cópias originais de peter doig

Um dos grandes problemas dos pintores de hoje é a barreira que (n)os impede de sair para a rua e pintar uma figura, uma paisagem. Na vida agitada da cidade, no caos de máquinas e gente, a solução passa muitas vezes pela aplicação de uma mecânica compensatória. Assim é que artistas como o escocês Peter Doig (nascido em 1959) se socorrem de imagens capturadas em livros, revistas, jornais, filmes ou mesmo nas fotografias que eles próprios fazem. Doig nasceu no Edimburgo, acompanhou a família para Trindade e Tobago, depois para o Canadá e Londres, onde viria a estudar arte e iniciar uma carreira de sucesso. A maior parte do trabalho de Doig é dedicado à paisagem ou a cenas da sua infância canadense. O seu retrato não é realista no sentido de reproduzir o modelo, mas antes uma interpretação artística pessoal e momentânea (ao lado, «Heart of Old San Juan», 1999). Outra das suas abordagens é obter uma imagem e modificá-la através de sucessivas fotocópias, para que a imagem final seja já muito diferente da original. Na cópia final a óleo, o pintor demonstra a preferência pela intensidade de cor característico dos períodos impressionista e pós-impressionista. Em 2002 regressou a Trindade e Tobago, onde se estabeleceu com a sua família. No ano seguinte iniciou uma colaboração com o artista local Che Lovelace, que pode ser seguida aqui, no blogue do StudioFilmClub.

Importado do blogue l'avion rose

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