Há algo de infantil e de provocativo na arte de Takashi Murakami. E quase sempre surgem a par, talvez para nos confundir, num acto de louvável inteligência que saltita entre o melhor da tradição japonesa e o mais criativo da arte ocidental. Nascido em Tóquio, em 1962, este é um dos mais importantes artistas da actualidade. O seu trabalho não se define em poucas palavras e abarca a produção de objectos comerciais e de moda, a escultura e a pintura, circulando pelos mais importantes museus do Japão, Europa e América. Na sua obra há influências da manga japonesa, de Jeff Koons, Roy Lichtenstein ou Jackson Pollock. Foi comparado imensas vezes a Andy Warhol, o que bem poderá justificar-se pelas características muito pop do que cria. Até a escultura de 1998 que se mostra ao lado (com 254x117x91 cm) se intitula «My Lonesome Cowboy» no que parece uma homenagem manifesta ao filme «Lonesome Cowboys». O próprio espaço em que vive e trabalha com os seus colaboradores se chama Hiropon Factory (onde se instalou com a Kaikai Kiki Co., a visitar), como na Factory prateada que Warhol criou para si e para os seus. Só que se Warhol pegou nas estrelas e as vulgarizou, Murakami pega no vulgar e promove-o a estrela. Os tempos são outros e este homem novo na arte não esconde o seu interesse bem actual pelas técnicas de gestão de Bill Gates. Não vá a arte morrer de velha!Importado do blogue l'avion rose
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