A nova lei do casamento foi hoje finalmente aprovada na Assembleia da República com os votos a favor do PS, PCP, Verdes e Bloco de Esquerda e a abstenção de 6 deputados do PSD, votando contra os restantes e ainda toda a bancada do PP e duas deputadas independentes do PS. A nova redacção deste projecto da lei diz que "casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida", tendo sido eliminada a condição "de sexo diferente" na definição dos cônjuges. A esta significativa conquista que irá significar mais igualdade entre todos os cidadãos (apesar da exclusão do acesso à adopção), bem como a criação e o reforço dos elos familiares entre mais pessoas, segue-se o envio do diploma aprovado para a Presidência da República. De acordo com as normas constitucionais, o Presidente terá os oito dias após a sua recepção no Palácio de Belém para que solicite uma eventual fiscalização preventiva de constitucionalidade, ou vinte para se decidir a promulgar ou a vetar a proposta de lei. Por enquanto, nós vamos pensando na lua de mel, nas alianças e até no bolo!...
2010/02/11
do parlamento para belém
A nova lei do casamento foi hoje finalmente aprovada na Assembleia da República com os votos a favor do PS, PCP, Verdes e Bloco de Esquerda e a abstenção de 6 deputados do PSD, votando contra os restantes e ainda toda a bancada do PP e duas deputadas independentes do PS. A nova redacção deste projecto da lei diz que "casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida", tendo sido eliminada a condição "de sexo diferente" na definição dos cônjuges. A esta significativa conquista que irá significar mais igualdade entre todos os cidadãos (apesar da exclusão do acesso à adopção), bem como a criação e o reforço dos elos familiares entre mais pessoas, segue-se o envio do diploma aprovado para a Presidência da República. De acordo com as normas constitucionais, o Presidente terá os oito dias após a sua recepção no Palácio de Belém para que solicite uma eventual fiscalização preventiva de constitucionalidade, ou vinte para se decidir a promulgar ou a vetar a proposta de lei. Por enquanto, nós vamos pensando na lua de mel, nas alianças e até no bolo!...
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2 comentários:
Amigos
não quero ser desmancha prazeres, mas ainda vai demorar o seu tempo, pois ninguém acredita na promulgação do PR. Mas vai-se caminhando e no meio da tempestade política que já aí está, e que parece ir aumentando, só tenho medo que esta questão caia no esquecimento; espero bem que não!!!
Por ti (assim entendo) isto é uma questão de princípio; por nós também é uma questão prática. Por isso nos empenhamos sempre tanto com o assunto. Eu não acredito que esta tempestade dê na queda do governo (a não ser que haja efectivamente grave culpa e mentira por parte do Primeiro-Ministro), tanto mais que uma sondagem de hoje dava subida nas intenções de voto a favor do PS. O problema é que o País abranda ainda mais e esta luta contra José Sócrates é uma luta contra Portugal e contra os portugueses. Nós vamos pagar por isto que está a acontecer. Todos! Quanto ao casamento, há que fazer "ruído". Há que mostrar os dentes. Há que dizer é isto que queremos, que é assim que somos, e que parem de atirar mais areia para os olhos das pessoas. Nós queremos família, nós queremos estabilidade, nós queremos laços, nós queremos compromissos, nós queremos respeito, nós queremos tudo aquilo com que crescemos, incluindo o direito a amar e ser amados sem que se passe a por um pénis num coração e uma vagina no outro (nunca os corações dos apaixonados foram diferentes, nunca eles tiveram sexos). Para o melhor e para o pior estamos na Europa e a Europa ajudar-nos-a na mudança. A "questão" não pode cair no esquecimento, apenas poderá ter mais contestação devido ao clima geral que está em crescendo. Vamos ver o que acontece. Vamos acreditar e vamos sonhar com um País mais justo!
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