2010/02/11

mudava alguma coisa?

Já ontem se deu sinais aqui, em vídeo na barra lateral do blogue, da nova campanha lançada pela Associação ILGA Portugal e executada em regime pro bono (para o bem do povo) pelos criativos da Lowe. Será vista nos média a nível nacional, difundindo mensagens anti-homofóbicos e a ideia de união versus fractura.
Junta-se esta mensagem (bem conseguida, assinale-se) ao momento em que a Assembleia da República vai aprovar o igualdade no acesso ao casamento civil e se aproxima a tão simbólica data consagrada aos namorados. Mas depois do namoro e do casamento, vem também a questão da filiação. E, ao contrário do que poderíamos estar à espera, esta campanha é feita a pensar nos pais que são homossexuais e que desejam ter uma relação plena com os seus filhos, tantas vezes (para não dizer sempre) castrada pela podridão de uma moralidade sem sentido, discriminatória e perturbadora, aberrante! A ILGA Portugal assinala que "é tempo de reconhecer que lésbicas e gays são mães e pais, filhas e filhos, irmãs e irmãos, vizinhas e vizinhos, amigas e amigos, familiares ou colegas – e que é tempo de deixar de dizer eles ou elas e de finalmente passarmos todas e todos a dizer nós."
A campanha foi iniciada ontem em diversos canais de televisão com um spot de 30 segundos, existe um outro de 60 segundos que será mostrado nos cinemas e no sítio da ILGA Portugal e, ainda, cartazes de grande formato como o que reproduzimos acima.

2 comentários:

João Roque disse...

É um oportuno, original e muito bom spot da responsabilidade da ILGA.
Toda a gente fala da problemática da "saída do armário" dos jovens, principalmente os eventuais problemas com os pais; e a situação inversa? talvez até seja mais difícil...

Luís disse...

Não é, porque os pais "homossexuais" geralmente não querem abrir uma crise na relação "heterossexual" que sempre tiveram... Parece-me que o lado mais positivo desta campanha é faz ver que o mundo que todos conhecemos tem afinal muitas outras variantes de vida, que afinal não têm nada assim de tão extraordinário...