«Over The Rainbow» está intimamente ligada à discoteca Stonewall (na foto), de Nova Iorque. A sua clientela era maioritariamente gay e underground. Estávamos em 1969 em Greenwich Village e, lá dentro, na noite que antecedeu a madrugada de 28 de Junho, «Somewhere Over The Rainbow» ouvia-se pela voz da diva Judy Garland. Todo esse tipo de figuras que povoa o celulóide de Andy Warhol e Paul Morrissey dançava, bebia, beijava e convivia. Uma rusga policial entrou pelo estabelecimento dentro, fechou as saídas e deteve homens e mulheres identificados como homossexuais, bissexuais ou transexuais. Um quarto de hora depois a polícia anunciava que deixaria sair quem tivesse consigo identificação pessoal. Detidos ainda ficaram, no entanto, não só os que não puderam identificar-se como também todos os transexuais. Apesar disso, os clientes revoltaram-se contra a autoridade e alguns conseguiram mesmo escapar-se para o exterior. Ao longo da madrugada, a polícia foi libertando alguns dos detidos, que depois se juntavam à crescente multidão que se juntava no exterior. A situação acabou por explodir e fazer de Stonewall a primeira batalha política pela igualdade nos direitos entre todos, indistintamente do género sexual. LGTB é a sigla que nos dias de hoje abarca os géneros não heterossexuais que lutam pela igualdade e universalidade dos direitos civis. Stonewall sobrevive na memória histórica do século XX, «Somewhere Over The Rainbow» continua a ser o seu hino e, talvez por isso mesmo, o artista Gilbert Baker fez no ano seguinte, com esse mesmo arco-íris, a bandeira que foi usada pela primeira vez no Gay Pride de San Francisco e sob a qual hoje todos desfilamos quando ousamos reivindicar os nossos direitos.
2006/12/07
stonewall over the rainbow
«Over The Rainbow» está intimamente ligada à discoteca Stonewall (na foto), de Nova Iorque. A sua clientela era maioritariamente gay e underground. Estávamos em 1969 em Greenwich Village e, lá dentro, na noite que antecedeu a madrugada de 28 de Junho, «Somewhere Over The Rainbow» ouvia-se pela voz da diva Judy Garland. Todo esse tipo de figuras que povoa o celulóide de Andy Warhol e Paul Morrissey dançava, bebia, beijava e convivia. Uma rusga policial entrou pelo estabelecimento dentro, fechou as saídas e deteve homens e mulheres identificados como homossexuais, bissexuais ou transexuais. Um quarto de hora depois a polícia anunciava que deixaria sair quem tivesse consigo identificação pessoal. Detidos ainda ficaram, no entanto, não só os que não puderam identificar-se como também todos os transexuais. Apesar disso, os clientes revoltaram-se contra a autoridade e alguns conseguiram mesmo escapar-se para o exterior. Ao longo da madrugada, a polícia foi libertando alguns dos detidos, que depois se juntavam à crescente multidão que se juntava no exterior. A situação acabou por explodir e fazer de Stonewall a primeira batalha política pela igualdade nos direitos entre todos, indistintamente do género sexual. LGTB é a sigla que nos dias de hoje abarca os géneros não heterossexuais que lutam pela igualdade e universalidade dos direitos civis. Stonewall sobrevive na memória histórica do século XX, «Somewhere Over The Rainbow» continua a ser o seu hino e, talvez por isso mesmo, o artista Gilbert Baker fez no ano seguinte, com esse mesmo arco-íris, a bandeira que foi usada pela primeira vez no Gay Pride de San Francisco e sob a qual hoje todos desfilamos quando ousamos reivindicar os nossos direitos.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Foi o primeiro dia do resto das nossas vidas...
Pinguim: Este foi um primeiro dia do resto das nossas vidas... mas eu espero ainda que o último não seja igual a este primeiro. Faço-me entender?... Abc,
Claro, e partilho da mesma esperança.
Um abraço.
Estamos todos de acordo, quer-me parecer! E ainda bem...
Enviar um comentário