Evito fazer opinião, quando não sei bem qual é a minha opinião. Mas sobre a questão das alterações introduzidas no início do ano pela Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), creio agora já a ter formada e fundamentada: primeiro, achei abusivo que as antigas senhas (vulgo módulos) que estavam à venda ainda bem recentemente só pudessem ser usadas até 31 de Dezembro - isso não se faz, até porque os novos não se vendiam nem recarregavam ainda, por essa altura (finais de Novembro), em quase lado nenhum; depois porque ainda hoje a informação sobre as alterações na rede são pouco conhecidas, não está disponível nas paragens (lá apenas figuram os mapas e horários da rede desactivada), ninguém sabe nada a não ser nos postos de atendimento, que são poucos e têm filas longas (ontem, para fazer uma compra na loja do terminal do Bom Sucesso, esperei bem mais de meia hora - um horror!); mais, ao que sei há muita confusão por parte dos utentes, que devido à idade avançada de muitos e formação cultural bastante básica se vêm em dificuldades para utilizar o novo módulo hi-tech, provocando involuntariamente demoras e atrasos para todos os restantes passageiros que querem seguir viagem ou que aguardam ainda nas paragens seguintes pelos autocarros que nunca mais chegam; também se repara que sendo este um serviço comercial, de uma empresa com legítimos fins lucrativos em que o lucro é o objectivo primeiro e não (como muitos pensam ainda) o de servir a população, tudo é pensado para dar rentabilidade (quando deveria ser para conquistar clientes e fazer vendas, que por seu lado levariam ao desejado e merecido lucro), como acontece agora com as linhas longas (a do 78 é o exemplo que melhor conheço) que são desdobradas em mais do que uma (obrigando a mudanças de veículo, esperas extra e custos duplicados com receitas adicionais para a empresa), para além de que os autocarros não são pêra doce em questões de higiene básica ou de segurança; para mais, quando vamos trabalhar, nem mesmo levantando-nos mais cedo para estar na paragem antes da hora habitual conseguimos ter um mínimo controlo dos horários - será que a desculpa de que "foi do autocarro" nos vai poupar à má avaliação do chefe?... Por mim não vejo grandes desculpas para - agora sim - acreditar que esta nova rede é um embuste, uma cilada, como se ouve por aí a apregoar. Ando pouco de autocarro e isso é também porque o serviço não satisfazia e agora menos ainda satisfaz. Mas quero ainda acreditar que novos dias virão!
2007/01/09
a cilada
Evito fazer opinião, quando não sei bem qual é a minha opinião. Mas sobre a questão das alterações introduzidas no início do ano pela Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), creio agora já a ter formada e fundamentada: primeiro, achei abusivo que as antigas senhas (vulgo módulos) que estavam à venda ainda bem recentemente só pudessem ser usadas até 31 de Dezembro - isso não se faz, até porque os novos não se vendiam nem recarregavam ainda, por essa altura (finais de Novembro), em quase lado nenhum; depois porque ainda hoje a informação sobre as alterações na rede são pouco conhecidas, não está disponível nas paragens (lá apenas figuram os mapas e horários da rede desactivada), ninguém sabe nada a não ser nos postos de atendimento, que são poucos e têm filas longas (ontem, para fazer uma compra na loja do terminal do Bom Sucesso, esperei bem mais de meia hora - um horror!); mais, ao que sei há muita confusão por parte dos utentes, que devido à idade avançada de muitos e formação cultural bastante básica se vêm em dificuldades para utilizar o novo módulo hi-tech, provocando involuntariamente demoras e atrasos para todos os restantes passageiros que querem seguir viagem ou que aguardam ainda nas paragens seguintes pelos autocarros que nunca mais chegam; também se repara que sendo este um serviço comercial, de uma empresa com legítimos fins lucrativos em que o lucro é o objectivo primeiro e não (como muitos pensam ainda) o de servir a população, tudo é pensado para dar rentabilidade (quando deveria ser para conquistar clientes e fazer vendas, que por seu lado levariam ao desejado e merecido lucro), como acontece agora com as linhas longas (a do 78 é o exemplo que melhor conheço) que são desdobradas em mais do que uma (obrigando a mudanças de veículo, esperas extra e custos duplicados com receitas adicionais para a empresa), para além de que os autocarros não são pêra doce em questões de higiene básica ou de segurança; para mais, quando vamos trabalhar, nem mesmo levantando-nos mais cedo para estar na paragem antes da hora habitual conseguimos ter um mínimo controlo dos horários - será que a desculpa de que "foi do autocarro" nos vai poupar à má avaliação do chefe?... Por mim não vejo grandes desculpas para - agora sim - acreditar que esta nova rede é um embuste, uma cilada, como se ouve por aí a apregoar. Ando pouco de autocarro e isso é também porque o serviço não satisfazia e agora menos ainda satisfaz. Mas quero ainda acreditar que novos dias virão!
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1 comentário:
No momento de encerrar os comentários (ou a falta deles) para esta entrada creio que devo acrescentar que alguns dos problemas apresentados foram total ou parcialmente resolvidos. Mesmo assim acredito que o serviço de transportes públicos deve melhorar, para que nos seduza e passemos a usá-lo mais vezes.
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